Se você é um gestor atento às novidades do mercado, já deve ter ouvido a sigla ESG algumas vezes, não é mesmo!?
Nos últimos tempos, a preocupação com o Desenvolvimento Sustentável tem ganhado maior relevância no mundo, chegando, inclusive, ao mercado financeiro.
ESG é a sigla para Environmental, Social and Corporate Governance e está relacionada com novas formas das empresas se relacionarem com temas sociais, ambientais e de governança corporativa.
Empresas que adotam práticas e princípios firmados nesses três pilares passam a ser mais valorizadas quando o assunto são investimentos.
Para você ficar por dentro do assunto, a seguir explicamos tudo que é preciso saber sobre ele.
O que é ESG?
ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance. Em tradução livre, significa Ambiental, Social e Governança.
O termo surgiu em 2004 por meio do então secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) Kofi Annan, em fala direcionada a 50 CEOs de instituições financeiras de diferentes lugares do mundo. O tema do diálogo era a integração de investimentos com fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.
Em seguida, o termo foi publicado em um documento chamado de “Who Cares Wins” e desde então, as análises de riscos e decisões de investimentos passaram a considerar as questões ambientais, sociais e de governança dos negócios.
A partir da Pandemia causada pelo covid-19, o tema ganhou ainda mais força. Com as mudanças causadas pela pandemia, as empresas precisaram repensar seus negócios e o seu impacto. Entre 2020 e 2021 as menções ao termo ESG cresceram cerca de sete vezes.
Em suma, ESG é uma sigla que serve para orientar os investimentos, priorizando negócios que adotam boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa.
A seguir, explicamos como cada um desses pilares funciona na prática.
Como funcionam os pilares do ESG?
Environmental (Ambiental)
No ESG, o pilar Ambiental está relacionado com o planejamento de ações práticas para a promoção da preservação, recuperação e uso sustentável dos recursos e a gestão de stakeholders.
Sendo assim, aponta para o cumprimento da responsabilidade das empresas na manutenção das condições necessárias para a existência da comunidade de vida da terra.
Nesse sentido, temos alguns exemplos de práticas:
- Buscas de alternativas sustentáveis para reduzir o impacto do processo produtivo ao meio ambiente;
- Ações que visam reduzir o uso desenfreado de recursos naturais;
- Estabelecimento de metas para a redução de poluentes;
- Criação de medidas para preservação e proteção da fauna e da flora;
- Uso de fontes renováveis de energia elétrica;
- Implementação de logística reversa;
- e outras.
Sendo assim, empresas que não investem na criação de práticas como as citadas acima, estarão sujeitas a negativas de clientes e de investidores.
Social (Social)
O pilar Social está relacionado com a forma como as empresas tratam pautas que são relevantes para a comunidade na qual estão inseridas.
Seu objetivo é que os negócios pensem em práticas relacionadas ao bem-estar, a saúde e renda das suas comunidades, envolvendo tanto colaboradores e fornecedores quanto outras pessoas impactadas pelo seu trabalho.
Essas práticas aprimoram o relacionamento dos negócios com as pessoas e a sociedade. Alguns exemplos são:
- O respeito aos direitos humanos e direitos trabalhistas;
- Preocupação com as condições de trabalho oferecidas aos colaboradores;
- O cuidado com a saúde, o bem-estar e os relacionamentos dentro da empresa;
- Manutenção de programas de valorização da diversidade, da equidade e inclusão;
- Criação de estratégias para melhora do relacionamento com a comunidade local;
- Práticas de proteção e tratamento de dados;
- entre outras.
Práticas sociais realizadas dentro e fora das empresas melhoram a reputação da marca e também contribuem para seu desempenho e competitividade no mercado.
Corporate Governance (Governança Corporativa)
A Governança Corporativa é o pilar que diz respeito à transparência na gestão das empresas. Ela consiste nas normas, regras e processos que guiam as decisões.
O objetivo deste pilar é alinhar os interesses das empresas, aumentar a transparência entre sócios, acionistas, diretores, parceiros e a comunidade.
Entre os exemplos de boas práticas de Governança Corporativa, podemos citar:
- Criação de estratégias para melhorar a política corporativa;
- Estratégias tributárias;
- Política interna de ética, compliance e anticorrupção;
- dentre outras.
Empresas que investem em transparência aumentam seu nível de confiança junto aos clientes, colaboradores e o mercado como um todo.
Por que as empresas devem se preocupar com o ESG?
Empresas que estão estruturando seus negócios com base nos pilares propostos pelo ESG estão avançando num mercado que tende a valorizar cada vez mais esses princípios. Além de buscar novos mercados, expandir os atuais e fortalecer a confiança junto aos clientes, parceiros, governo e possíveis investidores.
Um estudo realizado pelo Itaú Asset, publicado em 2020 pelo Estadão, mostrou que portfólios que abrangem estratégias de ESG entregam resultados melhores do que aqueles que não seguem a mesma estratégia.
Outra pesquisa da Union+Webster Internacional, divulgado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em 2019, apontou que 87% dos brasileiros preferem comprar serviços de empresas que têm uma responsabilidade social reconhecida.
E aí, sua empresa já implementou boas práticas de ESG ou está trabalhando nessa estratégia? Compartilhe conosco.
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